TJSC E UNISUL ALINHAVAM PROJETO E CONGRESSO SOBRE CONCILIAÇÃO

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Nelson Schaefer Martins, recebeu na manhã desta quarta-feira (23) o reitor da Unisul de Tubarão, Sebastião Salésio Herdt, e o diretor do campus virtual da instituição, Fabiano Ceretta, ladeados pelo desembargador Raulino Brüning, professor naquela faculdade. Os titulares da universidade puseram-na à disposição do Judiciário catarinense e convidaram o desembargador Nelson para proferir aula magna aos alunos – quando sua agenda assim permitir.
Trouxeram de presente um livro do escritor Huberto Rohden, nascido em São Ludgero, quando o local integrava o município de Tubarão. Falecido em 1981, o autor escreveu 62 obras, dentre elas “O caminho da felicidade” – presenteada à Corte, produzida pelas editoras da Unisul e Martin Claret. O foco do encontro, todavia, foi a conciliação judicial, que engloba mediação e arbitragem, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça. Os visitantes informaram que já têm formatado um projeto de cooperação entre o Tribunal e a Unisul nesta área.
Demonstraram interesse e pediram o apoio do presidente para a promoção de um evento ao qual pretendem trazer os ministros Jorge Mussi, Luiz Felipe Salomão e Marco Aurélio Gastaldi Buzzi, especialistas de renome na matéria, para dar energia à iniciativa. Mussi é uma das mais destacadas autoridades na temática e foi o primeiro presidente de tribunal do país a implementar um programa permanente de conciliação em todo o território estadual, pelo sistema de mutirão. Salomão é coordenador da Comissão da Nova Lei de Arbitragem, no Senado, e Buzzi é precursor e pioneiro em assuntos de conciliação em patamares que ultrapassam o país.
Atualmente, em Santa Catarina, a área de conciliação e juizados especiais é coordenada pelo desembargador Jaime Ramos, que pode contribuir com a experiência que teve junto à equipe da Academia Judicial, lembrou Nelson Schaefer. O desembargador Raulino Brüning destacou que o Departamento de Psicologia da instituição foi incluído no projeto para ajudar a aclarar uma parcela das reações das partes quando o assunto é conciliação, principalmente em questões de família. “Ninguém tem respostas prontas para os atritos e conflitos que irão parar nas mesas dos conciliadores”, justificou.
O presidente do TJSC elogiou o projeto. “Vocês estão pensado além no tema dos conflitos, pois o modelo que sobrevive se esgotou; a sociedade tem novas exigências e cobra novos posicionamentos em todas as áreas abrangidas pelo Poder Judiciário, e a conciliação, a arbitragem e a mediação passaram a ter papel preponderante e central na atualidade e no futuro da jurisdição”, encerrou Schaefer.
Fonte: TJSC
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